Esta hacienda fazia parte das terras que a Coroa cedeu a Cortés ao conferir o título de Marquês do Vale de Oaxaca.
Aqui Cortés instalou o segundo moinho fundado na Nova Espanha, que se tornou, junto com Orizaba, o mais poderoso do vice-reino.
Fundado em 1542, este engenho deu início ao desenvolvimento da indústria açucareira na Nova Espanha, que se tornaria tão importante para as finanças da Coroa espanhola. Desde as suas origens a fazenda possuía sólidas e amplas instalações e um grande aqueduto, o que lhe permitiu atingir uma produção de açúcar cada vez mais abundante.
Como em outras fazendas da época, ao redor desta formou-se uma comunidade com características muito diferentes das antigas cidades indígenas. Como estes não resistiam ao árduo trabalho que os engenhos exigiam, os escravos de origem africana começaram a ser introduzidos das Antilhas, que logo se misturaram, principalmente com os indígenas, dando origem a uma nova casta na Nova Espanha. Sabe-se que na época Cortés possuía cerca de 60 negros, entre homens e mulheres, além de cerca de 120 índios escravos para trabalhos menos duros.
Esta quinta permaneceu nas mãos dos herdeiros de Cortés até ao início do século XX, e hoje as suas instalações estão equipadas como hotel e espaço para todo o tipo de eventos.
Fonte: Aeroméxico Tips No. 23 Morelos / primavera 2002