História e cinema entre paredes centenárias (Durango)

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Quanto mais você viaja pelo estado de Durango, cada vez mais novas surpresas são encontradas em todos os seus roteiros.

Com um território que ocupa o quarto lugar em tamanho em todo o país, Durango é um terreno propício para se aventurar em uma viagem no tempo e nas memórias. O viajante vai redescobrir lugares antigos que guardam a essência da história, como vilas e vilas coloniais, fazendas, reais de minas e as cidades do cinema que tornaram a entidade tão famosa.

A cidade de Durango é o ponto de partida ideal para seguir em todas as direções, mas não sem antes saborear seu ambiente colonial, repleto de templos e soberbos casarões de pedreira. Em direção ao sul da capital, encontra-se a antiga fazenda de La Ferrería, onde Juan Manuel Flores fundou em 1828 a primeira fundição de beneficiamento dos minerais extraídos do Cerro del Mercado. Não muito longe dali fica Los Álamos, set de filmagem construído especialmente para filmar a história da bomba atômica, que reproduzia a cidade de Los Alamos, localizada no Novo México, local onde foram construídas as duas bombas atômicas lançadas. as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

Cruzando o famoso Espinha dorsal do diabo, o caminho que leva a Mazatlán também nos leva ao encontro de imagens filmográficas, como as que evocam El Salto: a Vila de Madera.

A região sudeste nos remete às origens do estado, território onde, no século XVI, se situava a fronteira entre os índios zacatecos e os tepehuanos. Precisamente nessa fronteira, onde hoje é a fazenda Ojo de Berros, Frei Jerónimo de Mendoza celebrou em 1555 a primeira missa em solo durango. Nombre de Dios foi o primeiro assentamento dos colonizadores do Vale do Guadiana, e seu templo de San Francisco, junto com o de San Antonio de Padua em Amado Nervo, são duas autênticas joias do século XVIII.

Ao norte da capital podemos descobrir o "corredor do cinema" com sua trilogia de cenários: "La Calle Howard", San Vicente Chupaderos e a estância "La Joya". Quantas estrelas de Hollywood deixaram sua marca aqui! Como o lendário Pancho Villa a deixou no norte do estado, cujo modo de vida não estava muito distante de um roteiro de cinema. Em La Coyotada, você ainda pode visitar a casa humilde onde nasceu; e mais ao norte, na divisa com Chihuahua, a antiga fazenda Canutillo, última residência de Pancho Villa, guarda viva a memória do caudillo.

O noroeste do estado nos dá cidades fantasmas, antigas fazendas e cidades jovens que progrediram rapidamente. Peñón Blanco e La Loma são as ex-fazendas mais importantes nesta área; neste último, foi onde a famosa Divisão do Norte foi organizada e onde Francisco Villa foi nomeado chefe supremo. A população de Nazas também tem seu lugar na história, já que os poderes da nação ali residiram por oito dias em 1864, quando o presidente Juárez lutou sua luta pela soberania do México desde o norte do país.

Já na fronteira com Coahuila, na região conhecida como Comarca Lagunera, Ciudad Lerdo e Gómez Palacio são um exemplo palpável da tenacidade dos duranguenses. Nestes dois centros urbanos existe influência estrangeira, principalmente de origem árabe, como se pode verificar nos edifícios paroquiais de estilo mudéjar. Em contraste com estas duas cidades ativas, descobriremos um pouco mais ao norte as memórias da bonança mineira, que começou no século XVI: Mapimí e Ojuela, esta última agora convertida em uma cidade fantasma de profundo mistério, reforçada por uma agonizante ponte suspensa 300 metros de comprimento.

Ainda no noroeste do estado, a pegada Gambusina está presente em Tejamen, uma das mais belas e desconhecidas cidades fantasmas do México. Mais adiante, no sopé da Sierra Madre Ocidental, Guanaceví e Santiago Papasquiaro estão a presença da Colônia e suas missões evangelizadoras. Originários de Santiago Papasquiaro, os irmãos Revueltas deixaram um legado cultural na população que permanece até hoje.

Neste mesmo percurso poderá visitar as antigas quintas de Guatimape e La Sauceda, em particular se recomenda fazer uma escala nesta última, famosa por ter sido atacada durante a rebelião de Tepehuana em 1616 durante a celebração de uma festa patronal.

Memórias, todas estas, de história e cinema, património e fantasia de madeira, adobe e pedreira que fazem de Durango uma joia a descobrir.

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